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A Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia (AGITTE) realiza a segunda parte da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no INOTTEC

Atualizado: 12 de nov.

Por: Camila Torres e Amanda Luiza

 
Foto: Matheus Andrade

Em uma iniciativa que uniu educação, inovação e transformação social, a Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia da Universidade Federal de Sergipe (AGITTE) promoveu, entre 21 e 28 de setembro, uma série de oficinas em escolas municipais da Barra dos Coqueiros (SE). Em um esforço para aproximar o saber acadêmico das demandas reais da comunidade, a universidade levou para as praias, escolas e ruas, discussões que vão desde a preservação ambiental até a inclusão social e inovação pedagógica.

Foto: Camila Torres

No dia 21 de setembro, a paradisíaca Nammos Beach, na Praia da Costa, sediou a oficina "O lixo que transforma", parte do premiado Projeto Praia Limpa (selo ODS 2023 e 2024). Coordenada pela bióloga e mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente Priscila Randow, a oficina de aproximadamente 3 horas proporcionou uma imersão na responsabilidade comunitária e na busca por um futuro sustentável, mobilizando cerca de 200 pessoas – crianças, jovens e adultos – na limpeza de suas praias. A iniciativa destacou a responsabilidade individual e coletiva na preservação ambiental, apontando a conscientização, a reciclagem e a educação ambiental como pilares fundamentais para a mudança de comportamento, como demonstra a participante Adriana Lima: "Estou aqui porque estou pensando no futuro". A oficina enfatizou a necessidade de colaboração entre governos, comerciantes e frequentadores, ressaltando o cumprimento das regulamentações ambientais e estimulando a participação ativa na construção de um futuro mais limpo e equilibrado. A experiência foi enriquecida pela integração de atividades lúdicas como jogos, fit dance, aulas de surf e atividades infantis. Inserida na celebração do Dia Mundial da Limpeza (ONU, 2023), a ação na Praia da Costa, que incluiu a soltura de tartarugas pelo Projeto Tamar, resultou na impressionante coleta de mais de 260 quilos de lixo em apenas 40 minutos.

Foto: João Carlos

Em 24 de setembro, a oficina sobre o ensino da identidade negra foi realizada na Escola Ana Thereza Viana Ribeiro, para cerca de 30 alunos do 6º ano. A iniciativa, intitulada "Educação Antirracista", contou com a professora Helma Cardoso (Psicóloga do Colégio de Aplicação – CODAP/UFS), a designer e autora Millena Cardoso e, as pesquisadoras do grupo de leitura Marielle Franco, Daniela Carvalho e Maria Gomes (UFS). Utilizando a HQ "Crescendo naturalmente: a jornada de Maya" – produto do TCC de Millena Cardoso, sobre a jornada da transição capilar – como ferramenta principal, a oficina buscou problematizar as relações étnico-raciais presentes na sociedade e na educação. O objetivo foi promover uma visão de mundo mais ampla e inclusiva, valorizando a produção cultural negra e fortalecendo a autoestima dos jovens participantes.

A oficina, liderada pela professora Helma, abordou temas como a falta de representatividade negra, a importância do reconhecimento e valorização da cultura afro-brasileira, o racismo, e a pressão por padrões estéticos. Discussões sobre a transição capilar e o legado de cientistas e inventoras negras foram essenciais para estimular a reflexão crítica sobre a influência da representatividade e das escolhas culturais na autopercepção e na visão dos outros. A desconstrução de estereótipos e a promoção da consciência cultural foram os pilares da oficina.

Foto: Matheus Andrade

No dia 25 de setembro, ocorreu a oficina de “Arte, Design e Educação”, ministrada pela Profª. Rosane Bezerra Soares (Departamento de Artes Visuais e Design, UFS) na Escola Ana Thereza Viana Ribeiro. O objetivo central da oficina foi ensinar a técnica de gravura em tecido, utilizando canetas e pincéis. A atividade principal consistiu em representar, por meio de desenhos e pinturas, elementos históricos e culturais da cidade da Barra dos Coqueiros como coqueiros, barcos, ilha e igreja. Os materiais necessários foram fornecidos pela AGITTE, incluindo bolsas de tecido ecológicas (ecobags), canetinhas, tintas para tecido e modelos para decalques.


Foto: Letícia Almeida

Em 28 de setembro, a Escola Municipal Maria Raimunda de Oliveira Rezende acolheu a oficina "Fomento e Instrumentalização de Inovações Sociais por meio do Crowd-Design". Ministrada pela professora Isadora Dickie (Design, UFS), a ação integrou a 3ª Turma de Formação Pedagógica da Secretaria de Educação (SEMED) de Barra dos Coqueiros. Assistentes sociais e pedagogas tiveram como foco metodologias ativas de aprendizagem e colaboração.

O ponto central da oficina foi a plataforma Criajunto, uma ferramenta gratuita de criação colaborativa desenvolvida pela professora Isadora. A plataforma visa enfrentar desafios sociais, econômicos e ambientais, alinhando-se à crescente demanda por inovação na educação. A metodologia empregada foi prática e imersiva, guiando as participantes pelas etapas de inspiração, ideação e implementação para fomentar a criatividade e a inovação social. Utilizando a plataforma, exploraram funcionalidades e discutiram desafios apresentados em formato de perguntas orientadoras, como: "Quais atividades e jogos podem auxiliar a trabalhar a interdisciplinaridade na alfabetização?".

A oficina demonstrou o potencial da parceria entre a universidade e a rede municipal de ensino na busca por soluções inovadoras para os desafios educacionais locais. Como destacou a participante Amanda Dutra, assistente social: "Estou muito animada com este curso. Sempre precisamos de apoio para inovar na educação".


Foto: Rodrigo Santos

Também no dia 28 de setembro, ocorreu na Escola Maria Raimunda de Oliveira Rezende, a oficina dedicada aos professores intitulada “Ações para alfabetização científica de jovens com necessidades especiais no campo da aprendizagem”, realizada pela Profª. Divanízia (Departamento de Física, UFS) em conjunto com as discentes Lígia Mara de Oliveira Lima (Física, UFS) e Raylane D’Almas Carvalho Gois (Letras/Libras, UFS) e o servidor público Antônio C. Oliveira. Foram apresentadas e debatidas formas lúdicas de adaptar o ensino para pessoas com necessidades especiais, incluindo estratégias diferenciadas de ensino, recursos adaptados, atividades práticas e tecnologias assistivas para promover a alfabetização científica de forma acessível e inclusiva. A cartilha “Alfabetização Científica para Surdos: Experimentos Científicos e Glossário de Sinais” foi distribuída aos participantes durante a oficina.

A Profa. Divanízia falou sobre a colaboração com o Instituto Pedagógico de Apoio à Educação de Surdos em Sergipe (IPAESE) no desenvolvimento do projeto “Inovar e Empreender na Educação Científica" que introduziu o ensino de ciências para jovens surdos, incentivando-os a proporem maneiras de resolver problemas cotidianos por meio da ciência e os alunos do IPAESE ajudaram na confecção desses experimentos para facilitação do ensino da Física. Também citou o apoio da AGITTE por meio do programa SOCIALIZE-SE para a realização desse projeto.

Maria Costa, gestora da Coordenação de Empreendedorismo Inovador da AGITTE (Corempi), reiterou que: “A universidade está aberta para criar soluções para o cotidiano da sala de aula”, incentivando que os professores levem demandas das escolas para dentro da universidade para que o conhecimento e tecnologia produzido na universidade possa beneficiar a sociedade, solucionando problemas reais.

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